Bolsa família terá reajuste de 5,67%
O Bolsa Família,
programa de transferência direta de renda direcionado às famílias em situação
de pobreza em todo país, terá um reajuste de 5,67% em seu valor mensal. O
aumento entrará em vigor daqui a um mês, em 1º de julho. Hoje, 13,8 milhões de
pessoas são beneficiadas pelo programa.
Com o decreto publicado no Diário
Oficial, famílias de extrema pobreza que tenham gestantes, pessoas que
amamentam, crianças de até 12 anos ou adolescentes de até 15 anos receberão um
benefício variável mensal de R$41 por beneficiário até o limite de R$205 por
família. Para as famílias com adolescentes de 16 a 17 anos matriculados em
estabelecimento de ensino, o benefício variável passará a ser de R$48 por
beneficiário, até o limite de R$ 96 por família.
O programa de transferência de
renda atua em três segmentos: complemente de renda, acesso a direitos – como
educação, saúde e assistência social – e outras ações que garantem o
desenvolvimento das famílias que são beneficiadas. O valor que a família recebe
por mês é a soma de vários tipos de benefícios previstos no Programa Bolsa
Família. A quantidade de benefício que cada família recebe depende do número de
familiares, idade, presença de gestantes e da renda familiar.
Auxílio que faz a diferença
Umas das beneficiadas do Bolsa
Família é Janelice de Jesus Reis, 43 anos. Doméstica e mãe de 3 filhos, ela
recebe o benefício há cinco anos. Por causa da sua filha mais nova, que possui
15 anos e está no 8º ano do ensino fundamental
ela tem direito a receber o Bolsa Família. Segundo ela, é uma ajuda que faz a
diferença. “Eu recebo R$184. Quando falta o gás, uma merenda para minha filha é
a esse dinheiro que recorro”.
A renda mensal na casa de
Janelice não é muito grande. O seu marido é autônomo e, por conta disso, é
muito difícil fazer o controle de quanto dinheiro entra em casa mensalmente.
“Ao todo, a renda da minha casa não chega nem a dois salários mínimos”, estima.
Os principais gastos da doméstica é com alimentação, mas atualmente a sua filha
faz um curso e ela
precisa gastar com transporte também. “Eu sempre coloco dinheiro no cartão de
transporte dela, então esse dinheiro também é investido na sua educação”,
contou.
Não receber o benefício faz muita
diferença. Eliene Pereira, 37 anos, morava no interior e também recebia o Bolsa
Família. Quando se mudou para Salvador, ela teve a preocupação de trazer todos
os documentos necessários para que não perdesse o benefício. Hoje, ela não
recebe a ajuda por conta de um problema de revalidação do cadastro. “Faz muita
falta. Já tenho cinco anos sem receber o Bolsa Família. Quando eu recebia,
tinha direito a R$80 reais por mês. Esse dinheiro ajudava muito”, lembra.
Eliene é mãe de 3 filhos, mas
teria o direito de receber por suas duas filhas que ainda são estudantes da educação básica
– Fernanda Pereira, 15 anos e Flávia Pereira, de 16. Depois que parou de
receber o benefício, ela sentiu algumas dificuldades. “Esse é um dinheiro que
ajuda na alimentação, na compra de um remédio e na educação das meninas. Como
eu trabalho como doméstica preciso fazer de tudo para manter as coisas
organizadas dentro de casa”, explica.
As famílias interessadas em
entrar no programa devem se inscrever no Cadastro Único para Programas Sociais
do Governo Federal. O cadastramento pode ser feito nos Centros de Referência de
Assistência Social (Cras) ou na gestão municipal do Bolsa Família e do Cadastro
Único.
Como receber?
Pré-requisito – Inclusão da família, pela prefeitura, no Cadastro
Único dos Programas Sociais do Governo Federal;
Seleção pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome
No caso de existência de
gestantes, o comparecimento às consultas de pré-natal, conforme calendário
preconizado pelo Ministério da Saúde (MS);
Participação em atividades
educativas ofertadas pelo MS sobre aleitamento materno e alimentação saudável,
no caso de inclusão de nutrizes (mães que amamentam);
Manter em dia o cartão de
vacinação das crianças de 0 a 7 anos;
Acompanhamento da saúde de mulheres
na faixa de 14 a 44 anos;
Garantir frequência mínima de 85%
na escola, para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, e de 75% para
adolescentes de 16 a 17 anos.
Cadastramento – Se sua família se encaixa em uma das faixas de
renda definidas pelo programa, procure o setor responsável pelo Bolsa Família
no seu município. É necessária a apresentação do documento de identificação
para fazer parte do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal.
Seleção – A seleção das famílias é feita pelo Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com base nos dados inseridos pelas
prefeituras no cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. A
seleção é mensal e os critérios usados são a composição familiar e a renda de
cada integrante da família.
Pagamento - Se a sua família
estiver entre as selecionadas você passa a contar com a ajuda do programa. O
valor a ser recebido varia de acordo com o tipo de benefício para o perfil da
sua família.
Fonte: Bárbara Maria – Ascom
Educa Mais Brasil
Bolsa família terá reajuste de 5,67%
Reviewed by Diário de Ceilândia
on
segunda-feira, junho 04, 2018
Rating:

Nenhum comentário